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 Anna Behatriz Azevêdo

Antes de Ana e Waldir se darem conta de minha aparência, notaram que o primeiro começo na gravidade fora do útero de Ana era cabeludo. Nasci com um jardim escuro na cabeça, este escuro foi aumentando e mudando de tom ao passo que eu crescia, seja por processos orgânicos ou artificiais. Bem, nada de extraordinário. Mas podemos nos debruçar e repousar no ordinário. O cabelo ao longo da minha vida foi se tornando presença de vários modos como força transmutadora de meu corpo. É junto e através de práticas artísticas que o corpo-cabelo se faz presença. Desde 2005 produzo trabalhos artísticos que transitam entre as artes visuais e as artes da cena, dando passagem para refletir sobre o corpo através da perspectiva da relação, em que corpos são capazes, pelo viés da percepção e sensação, de produzir afetos e eclosões em meio a ideias de absurdo, emaranhados de vida e morte onde o corpo pode ser deslocado do lugar de mero instrumento e ferramenta artística para o lugar da experiência e re-existência.

 

AZEVÊDO, Anna Behatriz Alves de. Reflexões sobre o absurdo: o corpo-cabelo e seus objetivos de (in)definição. Rio de Janeiro: Ed. Ape’Ku, 2020. 

Contato:

www.apeku.com.br

Instagram: @annabehatriz.artista

Estudos_de_imprecisão_mucosa_cega.jpg

Da série - estudos de imprecisão para performance [mucosa cega ou mord (ação) em canto], 2020, Desenho grafite em papel fibra de bambu, 70 x 100 cm.
 

Presença II..jpg

Presença I e III, Fotografia, 2020, dimensões a depender da composição com outros trabalhos.

Presença II, 2020, Fotografia, 
dimensões a depender da composição com outros trabalhos.

Presenças_I_e_III.jpg
Presença_ou_Jardim_de_um_Novo_Mundo.jpg

Da Série - Presenças ou Jardim de um Novo Mundo, 2020. Fotografia,

Dimensões a depender da composição com outros trabalhos.

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